É muito lamentável o ambiente vivido dia-pós-dia pelos cidadãos moçambicanos no trajecto Maputo e Matola. Parece-me que todas as minhas reflecçẽs estão viradoas mais para estas duas cidades da nossa bela pérola do índico! Todavia, a verdade é que estas duas cidades estão interligadas uma a outra e que, o dia-a-dia dos munícipes cruza-se pelo caminho. enquanto uns vão outros voltam. Há ciadãos residentes na cidade da Matola maioritamente que trabalham na cidade de Maputo e há casos em que temos alguns moradores da cidade de Maputo a trabalharem na cidade da Matola. Portanto, a interdepenência de actividades económica nas duas cidades é maior.
Esse cenário, todas manhãs e todas tardes senão noites e finais de semanas condiciona o tráfico de meios circulantes levando pessoas de um lado para o outro a fim de alcançarem os seus objectivos. é nesta optica que o presente artigo vai discutir mais sobre "o chapa" como meio de transporte semi-colectivo que garante a chegada dos passageiros aos sus destinos.
O termo "chapa" cá em Moçambique refere-se aos meios de transportes rodoviários, de passageiros com capacidade de 15 a 34 ligares (assentos) no máximo, os mini-bus. Esses carros são maioritariamente de pessoas privadas sejam elas singulares ou colectivas. Estes meios, não exercem as suas actividades isoladas, fazem-nas em paralelo com os transportes públicos (EMTPM) e outros de propriedade privadas finaciados pelo Estado através do Fundo de desenvolvimento de Transportes e Comunicação (FTC) os vulgos FEMATROs com vaários destinos ou rotas intra e interurbanas (Maputo e Matola).
Bem, o exposto acima foi apenas uma menção àquilo que são os meios que facilitam a comunicação dos cidadãos dos dois municípios em apreciação. Contextualizando o meu raciocíno, apesar do "boom" de compra de viaturas japonesas para o uso particular pelos singulares, devido a diversas variantes económicas, essas viaturas acabam sendo água abaixo. Isso por quê? Porque esses carro maioritariamente só condicionam o conjustionamento, tráfego lento, no final e início de cada mês. Razão disso é que difícil é pagar o combustível, portagem (?), manutenção, inspenção, manifesto, etc, quando o salário é magro e, consequentemente, isso vai se reflectindo cada vez mais no "entulhamento" ou "enlatação" dos passageiros nos referidos contentores senão latas de passageiros que precorrem as artérias de Maputo e Matola diariamente fazendoa rectroacção da demanda social.
Nos "chapas" e nos transportes públicos EMTP e FEMATROs as condições de viagem são totalmente desumanas, nefastas, impiedosas como ilustra acima a minha arte. As pessoas, dentro do chapa, são enlatadas, espezinhadas, abafadas, horroriziadas, desrespeitadas, sujeitas aos berros do cobradores, maltratadas como se não fossem nada. A situação de tanto se repetir continuamente acabou sendo hábito para os maputecos e matolenses. O sofrimento não se habitua mas cá entre nós parece-me que é o inverso porque não temos alternativas. de tanto necessitar de chegara tempo e hora, os citadinos acabam se entregando aos cobradores mal-feitores para fazerem a sua vontade. Quem não quer fica. Compra o teu carro para andares a vontade. essas são algumas expressões mais vulgares doa cobradores e motoristas de chapa em interacção com os passageiros. Quando reclama-se de o "chapa" estiver superlotado eles não querem sber ainda dizem: ainda está muito vazio referindo-se a um espaçozito que nem uma perna pode atravessar...
Doloroso é porque mesmo a políca de tránsito mandar parar os visados, vendo que o carro está super cheio, só se preocupam com os documentos da legalização da circulação da viatura e muito menos da condição em que os passageiros se encontram..
Nesta situação, onde é que colocamos as questões morais? Onde é que enquadramos os direitos humanos? onde é que referenciamos a segurança pública?
São cenas de Moçambique!!! Impunes..., só o dinheiro é que fala bem alto!!! Estamos mal! Estamos entregues ao diabo!! Que se danem...